O peso argentino foi a grande surpresa do ano, se destacando como a moeda mais forte em termos reais, com uma valorização de 44,2% ajustada pela inflação. Isso ocorreu em um contexto de inflação na casa dos três dígitos na Argentina, sob a gestão de Javier Milei. A valorização do peso superou até mesmo a lira turca, que, apesar de um histórico de instabilidade, obteve um avanço de 21,2% em 2024.
Em contrapartida, o real brasileiro enfrentou dificuldades em manter sua competitividade no mercado internacional. O cenário interno, marcado por pressões fiscais, incertezas políticas e uma economia ainda em recuperação após o impacto da pandemia, contribuiu para o enfraquecimento da moeda.
Sob a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governo enfrentou críticas sobre a condução da política econômica, especialmente no que diz respeito ao controle das contas públicas e à percepção de risco por parte de investidores estrangeiros.
A desvalorização do real tem impacto direto na vida dos brasileiros, elevando os custos de produtos importados e contribuindo para o aumento da inflação. Por outro lado, setores como o agronegócio e a indústria exportadora se beneficiam de uma moeda mais fraca, que torna seus produtos mais competitivos no mercado internacional.