A conta de luz dos brasileiros fica mais cara a partir deste domingo (1º), com acréscimo de R$ 7,877 a cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos. A medida foi anunciada pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) na última sexta-feira (30), com o acionamento da bandeira vermelha patamar 2 pela primeira vez em três anos. A tarifa extra é ativada sempre que há risco hidrológico, ou seja, quando os reservatórios de água do país estão abaixo dos limites esperados.
O acionamento da bandeira aumenta os custos para a geração de energia elétrica, visto que as usinas termelétricas serão mais acionadas. A medida foi necessária, segundo a agência, em virtude da previsão de chuvas abaixo da meta para setembro, “resultando em expectativa de afluência nos reservatórios das hidrelétricas do país (em cerca de 50% abaixo da média)”.
“Esse cenário de escassez de chuvas, somado ao mês com temperaturas superiores à média histórica em todo o país, faz com que as termelétricas, com energia mais cara que hidrelétricas, passem a operar mais. Portanto, os fatores que acionaram a bandeira vermelha patamar 2 foram o GSF (risco hidrológico) e o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD)”, informou a Aneel.
A última vez que a bandeira vermelha 2 havia sido acionada foi em agosto de 2021. Desde então, houve uma sequência de bandeiras verdes, interrompida em julho deste ano por uma bandeira amarela. No mês de agosto, as tarifas tinham voltado à faixa verde.
A ideia do sistema de tarifas é indicar aos consumidores a necessidade de redução no gasto para diminuir os custos de operação do sistema.
“Com o acionamento da bandeira vermelha patamar 2, a vigilância quanto ao uso responsável da energia elétrica é fundamental. A orientação é para utilizar a energia de forma consciente e evitar desperdícios que prejudicam o meio ambiente e afetam a sustentabilidade do setor elétrico como um todo. A economia de energia é essencial para a preservação dos recursos naturais”, destacou a Aneel.
R7