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Com Lula, retomada da Refinaria Abreu e Lima, envolvida na Lava-Jato, marca volta da Petrobras a projetos polêmicos


Bruno Rosa
- A visita do presidente à Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, marca de forma simbólica a retomada dos investimentos bilionários da Petrobras no setor de refino, marcado por casos de corrupção revelados pela Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, nas gestões anteriores do PT.

O projeto de retomada das obras na refinaria pernambucana (e que promete gerar 30 mil empregos, segundo a estatal), no entanto, vem acompanhado de outras iniciativas no segmento, como a retomada e ampliação do polêmico Comperj, na Região Metropolitana do Rio.

Até 2028, a estatal pretende investir US$ 17 bilhões na ampliação da capacidade de produção de combustíveis. Atualmente, o Brasil não produz toda a gasolina e o diesel que consome, o que deixa os preços dos combustíveis vulneráveis às variações internacionais.

A Rnest nunca foi concluída. Foi concebida ainda na primeira gestão do presidente Lula e contava originalmente com a participação da venezuela PDVSA, que anos mais tarde desistiu do projeto. Ao longo dos anos, o empreendimento foi estourando orçamentos e acabou sendo alvo de escândalos de corrupção envolvendo diretores da estatal, de empreiteiras e integrantes de partidos políticos.

O Tribunal de Contas da União (TCU) chegou a apontar superfaturamento de pelo menos R$ 2,1 bilhões durante as obras do projeto, após as revelações da Operação Lava-Jato.

A primeira unidade de refino de Abreu e Lima entrou em operação no fim de 2014. O projeto original previa uma segunda unidade, mas foi descarta em 2015. Na gestão de Jair Bolsonaro a estatal decidiu colocar a Rnest à venda junto com outras sete refinarias, que, juntas, somavam metade da capacidade de refino do Brasil.

Porém, não encontrou interessados justamente porque a unidade localizada em Ipojuca estava incompleta.

Então, a antiga gestão da Petrobras já havia começado a estudar a ampliação da Rnest como forma de torná-la mais “vendável”. A construção de uma segunda unidade de refino conta com investimento estimado em US$ 1 bilhão e com capacidade de produzir 145 mil barris de diesel por dia.

Com a chegada do PT ao poder novamente, a direção da companhia decidiu acelerar o projeto de ampliação da refinaria e ainda ampliar a primeira unidade, que vai passar de uma capacidade de 115 mil barris de petróleo por dia (bpd) para 130 mil bpd.

Na Rnest, a ideia da companhia é ampliar a produção de diesel, com foco em uma versão mais limpa, o S10, com baixo teor de enxofre. Assim, quando as obras forem concluídas, haverá um acréscimo de cerca de 13 milhões de litros de Diesel S10 por dia à capacidade de produção nacional, reduzindo a dependência de importações, uma das bandeiras o novo governo.

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