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Demissões de motoristas de ônibus seguem mantidas


Segue tudo do mesmo jeito. Apesar de um dia de muitas negociações, os motoristas, cobradores e fiscais de ônibus da Região Metropolitana do Recife seguem sem qualquer garantia de que as três mil demissões promovidas pelos empresários esta semana serão revertidas.

O governador Paulo Câmara chegou a afirmar em vídeo divulgado na noite desta sexta-feira (03/4) que conseguiu o compromisso do setor empresarial para reverter as demissões e que nos próximos dias empregadores e empregados iriam conversar para chegar a um acordo. Mas nada de concreto foi apresentado. Nem pelo Estado, nem pelo Sindicato dos Rodoviários e muito menos pelo setor empresarial.

Há uma expectativa de que os empresários de ônibus revejam as demissões em massa fazendo uso da Medida Provisória 936/2020 do governo federal, que cria o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, uma solução que prevê o apoio ao setor empresarial no País com a cobertura de até 75% dos salários com o seguro-desemprego.

"Participamos de uma videoconferência com o setor empresarial e conseguimos o compromisso para reversão das demissões dos rodoviários que aconteceram nessa semana. Com isso, os empresaios, os empregados e os sindicatos das duas categorias vão se sentar para construir alternatvas que possam garantir a manutenção dos empregos e a prestação do serviço de transporte, tão importante nesse momento", afirmou o governador Paulo Câmara no vídeo encaminhado para a imprensa.

Num gesto raro na história do sistema de transporte público da RMR e apesar de ser o gestor do STPP/RMR, o governo de Pernambuco tem participado das negociações para reverter as demissões. Está representado pelo Grande Recife Consórcio de Transporte (CTM) e pela Pricuradoria-Geral do Estado (PGE). Participou ao lado do MPT e também fez reuniões isoladas com os empresários e os rodoviários. Em nota distribuída na quinta-feira (03/4), afirmou compreender as dificuldades do setor empresarial, mas que não concorda com demissões realizadas num momento tão sensível.

Uma audiência mediada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) deveria ter acontecido com representantes do Sindicato dos Rodoviários e do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Urbana-PE), mas os empresários não compareceram.

JC
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