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ENTREVISTA: Dr. Paulo Lapenda fala de sua carreira na segurança pública


No mês de junho, o município de Chã Grande passou a contar com os serviços do delegado Paulo Roberto Viana Lapenda, que passou a comandar as atividades da Polícia Civil na cidade, assim como já faz na cidade de Pombos, e fez em várias cidades ao longo de seus 35 anos de atividade.

Aos 67 anos de idade, Paulo Lapenda, como é conhecido na cidade que tanto ama, conta um pouco de sua história e seus objetivos na delegacia do município. Com Chã Grande vive uma verdadeira história de amor, que já dura 32 anos. Cidadão changrandense reconhecido pela Câmara Municipal, Paulo Lapenda já ocupou inclusive uma das cadeiras da Casa Paulo Viana de Queiroz.

Filho de Mayr Maranhão Lapenda e Célia Viana Lapenda, Paulo Lapenda, promete disposição e cooperação com a Polícia Militar, para buscar a melhoria da segurança pública na cidade de Chã Grande.

Folha – Onde e como começa a sua história?
Paulo Lapenda – Eu nasci no bairro mais populoso da nossa capital Recife, que é Casa Amarela. Com dois meses de idade, fui morar no bairro do Cordeiro. Aos nove anos, meu pai, na época promotor de justiça, foi transferido para a cidade de Garanhuns. Toda a família também foi morar em Garanhuns. Eu comecei minha vida estudantil praticamente lá, terminando o curso primário e concluindo o curso ginasial no Colégio Diocesano de Garanhuns. Com 17 anos, meu pai foi transferido para a promotoria de Olinda e nós fomos morar novamente em Recife, onde concluí meu curso clássico. Em 1970 fiz o vestibular para o curso de letras na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), onde fui aprovado e naquela unidade de ensino eu cursei até o terceiro ano de letras, sendo eleito presidente do Diretório Acadêmico e fundador da Associação Atlética Acadêmica.

Folha – O esporte também fez parte de sua vida?
Paulo Lapenda – Todo menino gosta muito de futebol, e eu não poderia fugir à regra. Sempre gostei de futebol. Tive tios que foram grandes jogadores de Pernambuco, defendendo equipes do estado, como foi tio Bebé (Beroaldo Guimarães, conhecido como Alemão), ponta-direita do Sport Club do Recife; tio Zazá, ponta-direita do Torre (Antigo clube de futebol de Pernambuco, do bairro da Torre, no Recife). Comecei jogando futebol na Associação Garanhuense de Atletismo (AGA), em Garanhuns. Depois, indo ao Recife, fui treinar no meu clube de coração, O Sport. Naqueles treinamentos, passando pela garagem onde ficavam os barcos que disputam as competições de remo, eu me apaixonei pelo esporte, sendo campeão pelo Sport várias vezes, no Náutico, onde fui tri-campeão pernambucano, vice-campeão brasileiro e bi-campeão do Norte-Nordeste.

Folha – Muitos títulos na sua carreira como atleta de remo, mas que logo foi interrompida. O que o levou a tomar essa decisão?
Paulo Lapenda – Em virtude dos cursos superiores que estudava, que eram duas faculdades na época, a de letras, na UFPE, e a de direito na velha e tradicional Faculdade de Direito de Caruaru, hoje conhecida como Asces – Unita.

Folha – A influência de seu pai serviu de inspiração para seguir a área de direito?
Paulo Lapenda – É verdade. Meu pai foi um dos primeiros a se formar em direito. Hoje nós temos vários parentes formados na área. Por isso que no ano de 1971 eu fiz direito, me formando em 1975. Advoguei até o ano de 1982. No mesmo ano ingressei na minha gloriosa Polícia Civil de Pernambuco.

Folha – Ao longo de sua vida profissional, o senhor teve a responsabilidade de comandar a Polícia Civil em várias cidades, tais como Primavera, Amaraji, São João Barra de Guabiraba, entre outras. Agora chega a Chã Grande como delegado, mas a ligação com a cidade vem de antes. Como que começou?
Paulo Lapenda – Eu sempre gostei, por ser criado em Garanhuns, da vida rural, do campo, das cidades interioranas. Eu sempre disso que queria comprar uma propriedade. Apareceram várias, mas Deus me premiou, trazendo-me para comprar uma propriedade em Chã Grande em 1985, onde permaneço até hoje. É daí que vem o meu amor por Chã Grande.

Folha – Tem um ditado popular que diz que quem bebe da água de Chã Grande não quer mais ir embora. O senhor acha que esse ditado também se aplica ao seu caso?
Paulo Lapenda – Sem sombra de dúvidas. Depois que eu tomei um copo d’água aqui, se não me engano no antigo depósito de bebidas do meu amigo José Edécio (ex-vice-prefeito de Chã Grande), conhecido como Zé Galego, eu me apaixonei por essa terra, que considero que é minha também.

Folha – Mesmo com tão pouco tempo à frente da delegacia de Chã Grande, já deu pra perceber as carências na segurança pública da cidade?
Paulo Lapenda – Antes mesmo de assumir a delegacia de Chã Grande, por morar aqui, eu já sabia das necessidades de Chã Grande, que era reconhecida como uma cidade tranquila, pacífica, hospitaleira, de um povo tranquilo, que hoje vem sofrendo com situações de assaltos e até de homicídios. Logo quando assumi, juntamente com a minha equipe e a colaboração muito eficaz da Polícia Militar, comandada pelo meu amigo sub-tenente Jânio Liberato, mantivemos conversas. Nós temos responsabilidades, Jânio por ser changrandense, filho dessa terra, e eu por gostar tanto. Acho que a gente uniu essa preocupação pelo nosso município.

Folha – O que a população changrandense pode esperar para a segurança pública a partir de agora?
Paulo Lapenda – A população de Chã Grande não pode esperar milagre, eu não faço milagres. Mas pode ter certeza e confiança, como eu dizia sempre nas minhas campanhas políticas “Chã Grande novamente vai ter um guerreiro, um soldado, um defensor em defesa dessa terra e dessa gente”. Vou me preocupar demais em melhor a segurança de nossa gente.

(Entrevista extraída da edição impressa da Folha Regional Jun de 2017).
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