CONVERSA Vereador por dois mandatos e ex-presidente da Aciag, João Paulo fala à Folha com exclusividade sobre seu projeto de pré-candidatura a prefeito de Gravatá
Empresário, político de carreira consagrada em Gravatá,
casado e pai de família. João Paulo Lemos, filho do empresário Zeca da Charque,
chega para mais um momento importante em sua vida. Recém indicado pelo
governador Paulo Câmara (PSB), o jovem deve ser o candidato do Partido
Socialista Brasileiro ao cargo de prefeito de sua terra natal, onde cresceu e
construiu sua base.
Formado em administração pela Unopar, João Paulo está em seu
segundo mandato como vereador da Casa Elias Torres. Além disso, o empresário já
foi presidente da Associação Comercial de Gravatá.
Nesta entrevista à Folha Regional, João Paulo relata sua
história e traça planos e objetivos futuros para a cidade.
Folha Regional – Você disputou sua primeira eleição em 2004,
na época com 21 anos. Como foi disputar uma vaga na Câmara mesmo tão jovem?
João Paulo – Foi um desafio! Estava na época no PDT,
primeiro partido que ingressei, no ano de 2003. Tive orientações de um amigo
nosso e meu pai. Nós sempre discutíamos e analisávamos como seriam formuladas
as propostas, como seriam os discursos e a forma de se expressar. Até porque
quem entra pela primeira vez tem sempre essa dificuldade. Mas eu acredito que o
desafio maior foi antes das eleições de 2004 quando eu sofri um acidente de
moto e fraturei o fêmur. Fiz uma primeira cirurgia em janeiro e uma segunda
durante o período eleitoral, em agosto. Foi uma campanha feita de muletas, na
época. Meu pai me apoiou bastante quando eu não podia ir aos compromissos
políticos, quando estava em recuperação da cirurgia.
Folha Regional – Após o primeiro mandato como vereador, você
ocupou o cargo de vice-prefeito. Em seguida, comandou a Associação Comercial de
Gravatá. Experiências adquiridas em cargos públicos foram levadas para a ACIAG?
João Paulo – Na associação nós discutimos as demandas de
cada comerciante. Por exemplo, a segurança. Realizamos audiência pública com a
participação do secretário de segurança pública do estado. A gente sempre
discutiu, dentro da associação, os problemas do comércio e as soluções para a
área.
Folha Regional – Você foi indicado, recentemente, pelo
governador Paulo Câmara como o pré-candidato do PSB ao Palácio Joaquim Didier.
Como é que foi esse processo de escolha de seu nome, por parte do governante do
estado?
João Paulo – A partir de 2014, nós começamos a discussão em
grupo, encabeçado pelo PSB. Nós começamos a discussão sobre alguns problemas
que acontecem e como Gravatá foi perdendo com isso. A função era essa. Não
poderíamos ficar de braços cruzados vendo tudo isso acontecer. Na discussão do
grupo começou a se cogitar o meu nome. Eu fiz então minhas colocações, o que
pensava, e o que queria para a população, contando, lógico, com o apoio dos
demais membros. Nisso, na visita do governador a uma obra, nós tivemos uma
conversa, mais reservada. Ele fez o convite para ser o pré-candidato, mas pelo
PSB. Com toda a nossa história com o PDT, tivemos uma conversa com o prefeito
de Caruaru, José Queiroz, pra fazermos tudo dentro da transparência. O que nós
queremos continuar fazendo daqui pra frente é conversar com as pessoas, saber
as necessidades de cada localidade, de cada bairro. Pra que possamos formular
nosso plano de governo segmentado na educação, saúde, social, sabendo o que
cada área necessita.
Folha Regional – O governador Paulo Câmara citou seu nome
como a renovação na política. A que você atribui essa citação?
João Paulo – Na conversa que nós temos dentro do grupo, com
as pessoas e até com o governador, eu me coloquei com a visão de que a nova
política seria fazer uma gestão pautada com metas, estabelecendo prazos,
analisando os resultados e os indicadores. Informações como o comparativo entre
taxa de natalidade e mortalidade infantil no município, analfabetismos, mapear
a cidade para sabermos se está crescendo. Gravatá tem potencial para
crescimento. Temos que planejar!
Folha Regional – Como é que estão os partidos que podem
formar a sua base política?
João Paulo – Hoje nós temos seis partidos, podendo chegar a
nove ou até mais. Dialogamos com alguns vereadores também. Poderemos ter aí
mais de 100 candidatos ao legislativo.
Folha Regional – O que é que você tem sentido na população
por onde tem andado?
João Paulo – Estou sentindo o que as pessoas querem. Uma
pessoa natural da terra, até por conhecer de fato os problemas e conviver no
dia-a-dia da cidade. As pessoas querem virar a página da política ultrapassada,
de perseguição e intimidação. Uma visão que eu tenho é de que numa empresa, o
lucro é em valores. Na gestão pública, o lucro é o bem-estar da população.
Folha Regional – Qual a mensagem que você deixa para a
população gravataense?
João Paulo – Que as pessoas não fiquem desacreditadas da
política, principalmente no momento difícil que vivemos. Que analisem seus
candidatos nesta eleição, suas propostas, vendo se ele é realmente o que diz.
Aproveitando também o momento, desejar um ótimo São João para o povo de
Gravatá. Que possa ser uma época de bonança para todos!