O dinheiro que teria sido pago a Eduardo Campos entre 2010 e 2011 seria parte de uma propina de R$ 30 milhões que a Odebrecht teria pago ao ex-governador, ao ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e ao PP. O valor teria partido de um consórcio da empreiteira com a OAS que ficou responsável pela instalação de unidades de processamento da Rnest.
Em setembro do ano passado, a revista Veja incluiu o nome de Eduardo Campos na lista dos denunciados por Alberto Youssef. A acusação foi rechaçada pelo PSB, pela família Campos e pelo então candidato Paulo Câmara (PSB).
Um mês depois, o colunista Cládio Humberto disse que, em relação, Paulo Roberto Costa teria acusado o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) de receber dinheiro para a campanha pela reeleição de Campos em 2010. Ele também negou a acusação.
EDUARDO DA FONTE E SÉRGIO GUERRA – A reportagem da Folha diz ainda que o doleiro teria denunciado o pagamento de propina desviada da Refinaria Abreu e Lima para três outros políticos: o deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) e o senador Ciro Nogueira (PP-PI), além do ex-deputado tucano Sérgio Guerra (PE).
Sérgio Guerra, que faleceu em março do ano passado, teria ganho R$ 10 milhões para impedir a criação de uma CPI da Petobras, segundo essa versão. O PSDB e Eduardo da Fonte também negam as acusações.
Nesse caso, o total da propina não teria sido detalhado. O dinheiro teria partido da construtora Queiroz Galvão, que faz a instalação de tubovias na Rnest e teria sido repassado entre os anos de 2010 e 2011.
Com custo estimado em US$ 18,5 bilhões, a Refinaria Abreu e Lima é a obra mais cara em curso no Brasil. Prevista para ser totalmente entregue em maio deste ano, a Rnest teve as obras para conclusão do segundo trem de refino paralisadas pela crise ocorrida na Petrobras com as denúncias da Lava Jato.
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