Caso não chova, a alternativa será usar o volume morto da barragem. A decisão de uso é preventiva e visa o abastecimento de água para a população da área norte da RMR. Isso evitará que não haja maiores prejuízos. A balsa, comumente chamada de flutuante, só será usada quando o nível na barragem não permitir mais a captação por gravidade através da comporta localizada na torre da tomada de água.
Atualmente, Botafogo detém um de seus piores volumes de armazenamento de água da Região Metropolitana do Recife. A crise hídrica é a segunda pior da história da barragem desde a inauguração em 1980. Em 1999, devido ao efeito do El Niño, o reservatório atingiu 8% da sua capacidade, quando foi usado o volume morto da barragem.
A Compesa informou que além de se preparar para utilizar o volume morto, busca também viabilizar recursos financeiros junto ao Ministério da Integração, destinados à execução de obras de emergência para atender essa região.
A transposição do Rio Capibaribe para a Barragem de Botafogo é um dos projetos para amenizar o problema. Ele envolve uma captação da água por canal de aproximação, uma estação elevatória, um sistema de bombas, e 6.600 metros de adutora nos diâmetros que variam de 900 a 600 milímetros até um riacho contribuinte do manancial.
O sistema terá capacidade para transferir vazões de 400, 800 ou 1.200 l/s, dependendo da época do ano. O investimento para a execução das ações será de cerca de R$ 30 milhões e o projeto já está finalizado.
Outro ação é a obra de ampliação do sistema adutor apartir do Rio Arataca, cujos dados hidrológicos indicam a possibilidade deuma vazão de 1.000 l/s, valor bem superior ao retirado atualmente pelaCompesa, que é de 450 litros de água por segundo. Este projeto ainda não foi finalizado, mas já foi apresentada ao Ministério da Integração. Ambas alternativas servirão para ampliação da produção de água. Elas acarretarão melhorias no abastecimento da Zona Norte da Região Metropolitana.
JC