“Precisamos mudar e temos que fazer essas apostas. Primeiro, concluir o acordo Mercosul-União Europeia, revalorizar a parceria com Estados Unidos e renovar o acordo com México, que está vencendo agora e é muito importante para o setor automotivo brasileiro. Há uma agenda densa do ministério para acordos novos, bilaterais. A integração com os países da Aliança do Pacífico é também uma opoertunidade”, afirmou.
Apesar de reconhecer que existem temas sensíveis na relação entre o Brasil e os Estados Unidos, como acordos de bitributação, o novo ministro disse acreditar que a relação comercial deve ter um desempenho melhor no próximo ano.
“Acho que o momento é muito propício para aproximação com os EUA. Este ano, a exportação de máquinas para EUA cresceu 23%. Temos que conferir a essa relação com o EUA o status de muito importante para o país”, disse.
O futuro ministro reconheceu que, nos primeiros meses, vai operar num ambiente de restrições diante da dificuldade de promover desonerações. “A questão do comércio exterior é a prioridade das prioridades, mais do que nunca, diante do menor dinamismo do mercado interno. Espero que o governo nos ofereça financiamento e seguro de exportações para minimizar riscos políticos nos novos mercados. O câmbio é uma oportunidade”, explicou.
DIREITA – Questionado se a nova equipe econômica anunciada por Dilma, com Joaquim Levy no Ministério da Fazenda e Nelson Barbosa no Planejamento, representavam uma virada à direita, ele defendeu que a gestão macroeconômica não é algo que pode ser “ideologizado”.
“A ideologia dos governos se expressa nas ações finalísticas. Ou seja, se coloco mais recursos ou menos nas áreas sociais, se tenho uma política mais pró elevação de renda dos setores menos favorecidos”, disse.
GOVERNADOR – Perguntado sobre a possibilidade de voltar a concorrer ao Governo de Pernambuco, o petebista disse que a candidatura não está no radar e que a prioridade é focar em 2015. “Eu não imagino me aposentar. A única coisa que posso dizer é que vou continuar fazendo política no meu Estado”, assegurou, porém.
Neste ano, Armando perdeu a disputa pelo Palácio do Campo das Princesas para o neófito Paulo Câmara (PSB), afilhado político do ex-governador Eduardo Campos, que venceu a disputa com 68% dos votos e assumirá o mandato na próxima quinta-feira (1º).
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