Jogadores de futebol, artistas, modelos, cantores ou qualquer outro profissional que tenha direito a rápidos 15 minutos de fama são alvos frequentes de brincadeiras na Internet. Agora com a campanha eleitoral a todo vapor, os políticos entram na berlinda e dão origem a memes, termo usado para rotular um vídeo ou uma foto que faz sucesso e se espalha de clique em clique via computadores, smartphones e tablets. A matéria-prima dessas piadas virtuais pode ser um gesto ou uma frase. Às vezes, nem isso é necessário.
Os presidenciáveis Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB), Aécio Neves (PSDB), pastor Everaldo (PSC), Levy Fidelix (PRTB), Eduardo Jorge (PV) e Luciana Genro (PSOL) já tiveram sua imagem associada a memes. Algumas montagens são mais inocentes. Outras feitas para ressaltar uma característica negativa ou positiva do alvo escolhido de acordo com o posicionamento político de quem cria a brincadeira.
Por ser presidente da República, Dilma é a campeã de montagens na Internet. Uma rápida busca no Google mostra dezenas de brincadeiras com a imagem da petista. Mas os memes políticos não surgiram nesta eleição. Em 2012, quando disputava a prefeitura de São Paulo, José Serra (PSDB) perdeu o sapato ao chutar uma bola em um ato de sua campanha. A imagem logo ganhou versões divertidas na internet. “Na página do candidato no Facebook, a equipe de campanha pediu para que os eleitores enviassem suas versões. É preciso saber tirar proveito dessas situações”, explica o especialista em marketing político Gabriel Rossi.
De acordo com ele, as equipes de marketing político precisam estar atentas para aproveitar melhor as oportunidades envolvendo seus clientes a exemplo do que fez José Serra em 2012. “Falta um pouco mais de bom humor e a Internet está cada vez mais visual. Os marqueteiros precisam perder o preconceito com a Internet até porque a penetração da banda larga no país é bem maior do que há quatro anos quando houve a última campanha presidencial”, fala.
Charge como instrumento de crítica
A relação do humor com a política é antiga e começou com os primeiros jornais impressos a partir de caricaturas de autoridades. Hoje, é normal que os principais personagens políticos do país gerem farto material para charges. Foi apostando nesse filão que o jornalista Diogo Ramalho criou o site Humor Politico (www.humorpolitico). “Recebemos colaborações de todo o Brasil e temos cerca de 70 chargistas cadastrados”, informa. A cada dia, novos desenhos são disponibilizados na página. “Não ha censura, a não ser que o conteúdo seja racista, homofóbico ou difunda algum tipo de preconceito”, garante.
Para Diogo, seja a partir de charges ou memes, o humor sempre estará presente na política. “O humor mostra o outro lado da política, se utiliza da ironia e do cômico para denunciar, mostrar intenções e falar o que a notícia não diz por inteiro”, avalia. Ele afirma que nunca enfrentou nenhum problema com o alvo das charges. “O que acontece é que as vezes pessoas chamam nas redes sociais o Humor Político de tucano ou de petista, a depender da pauta do dia”, declara.
Cuidado ao criar meme
Você abre o Facebook ou o whatsapp e lá está aquela foto ou vídeo engraçadíssimo. Logo manda para os amigos, que replicam a brincadeira para outra turma. Assim nasce um meme. Algumas montagens, de tão bem-feitas, parecem ter saído da cabeça de um renomado publicitário ou designer. Mas nem é preciso tanto conhecimento, digamos, "artístico" para produzir um meme. Há diversos sites que dão uma forcinha para quem quer contribuir com o besteirol do mundo virtual. Um deles é www.geradormemes.com a partir do qual o internauta escolhe imagens pré-existentes no site ou envia uma foto para o sistema. Depois, basta escrever uma frase, salvar a montagem e compartilhar com os amigos.
Para quem quer aliar praticidade e criatividade na palma da mão, as dicas são os aplicativos para smartphones. Um dos apps mais conhecidos é o Keep Calm Creator, gratuito e disponível para Iphones. Os usuários de aparelhos com o sistema operacional Android têm à disposição o Keep Calm Generator, também gratuito. Se você tem tempo livre de sobra na frente do computador, o YouTube disponibiliza vídeos com dicas para criar uma montagem pelo programa de edição de fotos Photoshop.
Antes de se aventurar na criação de qualquer montagem, ainda mais com conteúdo político, é preciso ter noção das consequências decorrentes da brincadeira. “A internet não é um mundo à parte. É preciso ter cuidado para não cometer os crimes de calúnia, difamação ou injúria”, alerta o professor de Direito da Faculdade Boa Viagem, Fernando Tasso. Ele destaca que a responsabilidade não é apenas de quem cria o meme, mas também de quem divulga. “A pessoa que criou ou compartilhou a brincadeira pode ser responsabilizada se ficar provado que houve a intenção de ofender”, destaca.
O advogado lembra que no Direito há o termo animus jocandi, no qual os humoristas se amparam juridicamente quando acionados. “Esse termo é usado por aqueles que dizem apenas fazer graça. No entanto, quem cria a brincadeira tem que provar que realmente não teve a intenção de ofender ninguém”, ressalta.
Os presidenciáveis Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB), Aécio Neves (PSDB), pastor Everaldo (PSC), Levy Fidelix (PRTB), Eduardo Jorge (PV) e Luciana Genro (PSOL) já tiveram sua imagem associada a memes. Algumas montagens são mais inocentes. Outras feitas para ressaltar uma característica negativa ou positiva do alvo escolhido de acordo com o posicionamento político de quem cria a brincadeira.
Por ser presidente da República, Dilma é a campeã de montagens na Internet. Uma rápida busca no Google mostra dezenas de brincadeiras com a imagem da petista. Mas os memes políticos não surgiram nesta eleição. Em 2012, quando disputava a prefeitura de São Paulo, José Serra (PSDB) perdeu o sapato ao chutar uma bola em um ato de sua campanha. A imagem logo ganhou versões divertidas na internet. “Na página do candidato no Facebook, a equipe de campanha pediu para que os eleitores enviassem suas versões. É preciso saber tirar proveito dessas situações”, explica o especialista em marketing político Gabriel Rossi.
De acordo com ele, as equipes de marketing político precisam estar atentas para aproveitar melhor as oportunidades envolvendo seus clientes a exemplo do que fez José Serra em 2012. “Falta um pouco mais de bom humor e a Internet está cada vez mais visual. Os marqueteiros precisam perder o preconceito com a Internet até porque a penetração da banda larga no país é bem maior do que há quatro anos quando houve a última campanha presidencial”, fala.
Charge como instrumento de crítica
A relação do humor com a política é antiga e começou com os primeiros jornais impressos a partir de caricaturas de autoridades. Hoje, é normal que os principais personagens políticos do país gerem farto material para charges. Foi apostando nesse filão que o jornalista Diogo Ramalho criou o site Humor Politico (www.humorpolitico). “Recebemos colaborações de todo o Brasil e temos cerca de 70 chargistas cadastrados”, informa. A cada dia, novos desenhos são disponibilizados na página. “Não ha censura, a não ser que o conteúdo seja racista, homofóbico ou difunda algum tipo de preconceito”, garante.
Para Diogo, seja a partir de charges ou memes, o humor sempre estará presente na política. “O humor mostra o outro lado da política, se utiliza da ironia e do cômico para denunciar, mostrar intenções e falar o que a notícia não diz por inteiro”, avalia. Ele afirma que nunca enfrentou nenhum problema com o alvo das charges. “O que acontece é que as vezes pessoas chamam nas redes sociais o Humor Político de tucano ou de petista, a depender da pauta do dia”, declara.
Cuidado ao criar meme
Você abre o Facebook ou o whatsapp e lá está aquela foto ou vídeo engraçadíssimo. Logo manda para os amigos, que replicam a brincadeira para outra turma. Assim nasce um meme. Algumas montagens, de tão bem-feitas, parecem ter saído da cabeça de um renomado publicitário ou designer. Mas nem é preciso tanto conhecimento, digamos, "artístico" para produzir um meme. Há diversos sites que dão uma forcinha para quem quer contribuir com o besteirol do mundo virtual. Um deles é www.geradormemes.com a partir do qual o internauta escolhe imagens pré-existentes no site ou envia uma foto para o sistema. Depois, basta escrever uma frase, salvar a montagem e compartilhar com os amigos.
Para quem quer aliar praticidade e criatividade na palma da mão, as dicas são os aplicativos para smartphones. Um dos apps mais conhecidos é o Keep Calm Creator, gratuito e disponível para Iphones. Os usuários de aparelhos com o sistema operacional Android têm à disposição o Keep Calm Generator, também gratuito. Se você tem tempo livre de sobra na frente do computador, o YouTube disponibiliza vídeos com dicas para criar uma montagem pelo programa de edição de fotos Photoshop.
Antes de se aventurar na criação de qualquer montagem, ainda mais com conteúdo político, é preciso ter noção das consequências decorrentes da brincadeira. “A internet não é um mundo à parte. É preciso ter cuidado para não cometer os crimes de calúnia, difamação ou injúria”, alerta o professor de Direito da Faculdade Boa Viagem, Fernando Tasso. Ele destaca que a responsabilidade não é apenas de quem cria o meme, mas também de quem divulga. “A pessoa que criou ou compartilhou a brincadeira pode ser responsabilizada se ficar provado que houve a intenção de ofender”, destaca.
O advogado lembra que no Direito há o termo animus jocandi, no qual os humoristas se amparam juridicamente quando acionados. “Esse termo é usado por aqueles que dizem apenas fazer graça. No entanto, quem cria a brincadeira tem que provar que realmente não teve a intenção de ofender ninguém”, ressalta.
JC